BOLSA FAMÍLIA

NAS ELEIÇÕES

Precisamos colocar essa pauta nas eleições municipais

O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do Brasil, reconhecido internacionalmente por já ter tirado milhões de famílias da fome.

O programa atende cerca de 20,7 milhões de famílias no país. Isso significa que uma parcela relevante do eleitorado brasileiro é beneficiária do Bolsa Família.

"Ah, mas Bolsa Família

é um programa do

governo federal,

a prefeitura e os

vereadores não têm

nada a ver com isso…"

Hmm... Mais ou menos. Sim, é verdade que o Bolsa Família é um programa federal. Mas os municípios brasileiros têm responsabilidades ENORMES na implementação dessa política pública, e interferem diretamente:

  1. No repasse de recursos do governo federal para as prefeituras

  2. No atendimento direto a quem precisa! 

Portanto, Bolsa Família é sim
assunto para essas eleições
 

Falar sobre isso com o eleitorado ajuda as famílias beneficiadas a escolherem candidaturas comprometidas com o acesso à renda. Então antes de mais nada, conheça o papel das Prefeituras no Bolsa Família:

  • Atendimento direto à população através dos CRAS (Centros de Referência da Assistência Social)

  • Busca ativa de famílias em situação de pobreza para inclusão no Cadastro Único

  • Manter o Cadastro Único atualizado para garantir que os benefícios cheguem a quem precisa.

  • Envio de informações referentes às condicionalidades do programa relacionadas a saúde e educação.

  • Uso dos recursos do IGD - Índice de gestão descentralizada que o Governo Federal repassa aos municípios para melhorar o acompanhamento das famílias e até a busca ativa.

O que é preciso abordar para falar sobre o Bolsa Família nas Eleições Municipais de 2024:

1. Garantir vaga para agendamento no CRAS é uma responsabilidade e um dever das Prefeituras

As beneficiárias do Bolsa Família dependem disso para receber, e muitas pessoas estão tendo os seus benefícios cancelados ou bloqueados por dificuldade de agendamento. É preciso que campanhas e candidaturas progressistas falem sobre isso.

2. É preciso acessar o CadÚnico

Além do CRAS, candidaturas comprometidas com uma política de renda devem falar sobre suas propostas para garantir um número adequado de Cadastradores do Cadastro Único capacitados e distribuídos pelas regiões da cidade com maior demanda de atendimento. Sem cadastradores não há acesso ao CadÚnico, e sem CadÚnico não tem Bolsa Família.

3. Sem tempo para estigmatização

Produza mensagens de acolhimento, mostre respeito pelos beneficiários e ajude a combater a estigmatização. O estigma de ser beneficiário do Bolsa Família foi construído por muitos anos pelo campo conservador, e muitas vezes acaba chegando inclusive nas pessoas que são responsáveis por fazer o atendimento e acolhimento dessas famílias. Existem inúmeros relatos de pessoas que se sentem humilhadas no atendimento. Cabe ao campo progressista combater esse estigma, e cabe às candidaturas progressistas demonstrar acolhimento e apresentar propostas para combater a estigmatização.

4. Saúde e educação são prioridade e também são condicionalidades para o Bolsa Família

As Prefeituras também têm a responsabilidade de garantir que as famílias consigam cumprir as condicionalidades de saúde e educação logo, se uma Prefeitura melhorar o atendimento da saúde, ela também está contribuindo para a entrega do Bolsa Família na cidade.


Imagina a seguinte situação:
1. 🙋🏾‍♀️
Danielle é beneficiária do programa, e usa o dinheiro para conseguir fechar a renda para o aluguel.


2.🧑🏾‍🦰 Ela tem uma filha chamada Jessica, que tem bronquite. Jessica tem uma crise respiratória😷, e não consegue ir à escola.


3. 😪 Danielle busca o posto de saúde para levar Jessica para uma consulta, e pedir um atestado médico. Mas ela só consegue ver o médico depois de duas semanas. Nesse período, Jessica ficou sem ir na escola🎒.

4. 🚫 Danielle tem o Bolsa Família bloqueado durante um mês porque Jessica não foi para a escola, e Danielle não apresentou atestado médico.


5. 😥 A situação se resolverá e ela vai voltar a receber o Bolsa Família, mas quando a Prefeitura não melhora os serviços de Saúde e Educação, muitas famílias vão ter os benefícios bloqueados.👨‍👩‍👦🚫😡

5. Amor de mãe

Lembre-se que a maior parte dos beneficiários são mães, e estão em busca de melhorar a qualidade de vida de seus filhos. Além de renda, elas querem ter acesso à saúde, educação, transporte e lazer.

6. Políticas municipais como o décimo terceiro do Bolsa

Existem cidades que já adotaram o 13º para o Bolsa Família. Se a sua cidade propõe benefícios complementares ao programa é preciso pressionar pela sua continuidade ou ampliação. 

7. Golpes e fake news reinam quando o assunto é o BF

Você sabia que o Bolsa Família está entre os assuntos com maior número de denúncias de fake news recebidas pelo Governo Federal?  As famílias beneficiárias recebem muita desinformação, e nas eleições municipais isso também está em jogo. Associar cortes, o fim do programa etc a um partido ou outro influencia nas eleições. Combater fake news, e assegurar a continuidade do benefício também são estratégias importantes. 

Se afaste dos estigmas relacionados ao Bolsa Família, trabalhe a narrativa positiva, real e empática

Exemplos de narrativas e aplicações:

Tudo bem ter um tempo de lazer e diversão:

Lazer e descanso são direitos básicos. Todo mundo precisa de um tempo para se divertir e recarregar as energias. Ninguém aguenta viver uma vida só de trabalho.

Trabalhar mais do que os outros não vai te enriquecer:

A ideia de que trabalhar excessivamente leva à riqueza é um mito. O que a gente precisa são oportunidades de crescimento profissional e pessoal.

Mãe solteira e trabalho:

É impossível conciliar trabalho e maternidade sem uma infraestrutura adequada para cuidar dos filhos.

Políticas públicas como rede de apoio para mães:

Mães se desdobram para dar conta de tudo, mas precisam de uma rede de apoio sólida. Políticas públicas são essenciais para garantir isso.

Beneficiários do Bolsa Família e trabalho:

O trabalho informal e precarizado é uma realidade para muitas famílias, e isso precisa mudar.

Você precisa saber:

Na hora de produzir conteúdo, considere essas informações sobre o seu público-alvo:

O dia a dia das políticas públicas:

Essas pessoas são as usuárias das políticas municipais. Falar sobre qualidade de outros serviços é também falar sobre o Bolsa Família.

Existe uma sensação de abandono. Esse público em geral se sente abandonado, como se fosse a última das prioridades dos governantes municipais. Obstáculos do dia-a-dia, como a dificuldade de agendamento nos CRAS para atualizar o cadastro único contribui para esse sentimento de desamparo. As famílias que recebem o Bolsa Família sabem que o CRAS  é responsabilidade da Prefeitura, mas tem pouca esperança de que algum prefeito vai melhorar isso.

Ninguém quer ser beneficiária para sempre:

Há uma esperança de ascensão social por meio da educação e do trabalho, fazendo com que o benefício se torne desnecessário. Mas todo mundo quer sim poder contar com essa segurança quando ou se precisarem.

E principalmente:

O Bolsa Família é AJUDA, rede de segurança:

Ele proporciona uma fonte de renda que ajuda as famílias a atender às suas necessidades básicas, principalmente relacionadas com a  alimentação para os filhos. Mas muitas vezes as famílias têm também outras formas de renda. O programa é visto como uma rede de segurança que alivia a pressão financeira e oferece uma base de segurança econômica para famílias.

E aí está a OPORTUNIDADE:

Apesar de tudo isso, o Bolsa Família ainda não está na pauta das eleições municipais. Portanto, candidaturas, organizações, movimentos sociais que falarem sobre isso vão gerar um sentimento de identificação por uma parcela da população que pouco se reconhece em muitas pautas do campo progressista. 

Ju do Bolsa

Este Como Falar Sobre é uma parceria do Projeto Brief com a Ju do Bolsa.

A Ju do Bolsa é a primeira assistente virtual do Brasil, dedicada a fornecer informações acessíveis sobre o Bolsa Família e outros benefícios sociais. Ela é apoiada por uma equipe multidisciplinar que inclui profissionais de assistente social, comunicação, escuta social e análise de dados, garantindo que o atendimento seja humanizado e eficaz.

Além de combater golpes e prevenir desinformação, a Ju trabalha para garantir o acesso a informações públicas sobre direitos e benefícios, promovendo acolhimento e tirando dúvidas de quem mais precisa.

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